Manutenção de câmbio automático: quais as diferenças e como identificar problemas?

O câmbio automático está cada vez mais popular, devido ao seu maior conforto e facilidade de operação. Contudo, por utilizar um sistema com fluidos para trocas de marchas automáticas, é necessário alguns cuidados de manutenção preventiva para mantê-lo em perfeito funcionamento.

Como funciona o câmbio automático?

O câmbio automático, como o nome indica, é um sistema que permite trocas de marcha de maneira automática, ou seja, sem exigir qualquer ação do motorista. Essas trocas acontecem através de dispositivos hidráulicos controlados pelo módulo eletrônico.

O módulo de comando possui diversos sensores que analisam o funcionamento do motor, que quando atinge certos critérios, aciona os dispositivos hidráulicos que, por sua vez, fazem as trocas de marchas.

Assim, onde normalmente se encontra a embreagem, há o conversor de torque. Essa peça faz a conexão entre o módulo eletrônico e o câmbio, de forma que a rotação é transmitida pelo óleo.

Quando o motor está em giro mínimo, o óleo fica em baixa pressão permitindo que o carro fique parado com leve pressão no freio. Tudo isso resulta em uma direção mais confortável, com trocas de marchas suaves.

Qual a diferença entre câmbio manual e automático?

A diferença entre o câmbio automático e manual podem ser verificadas no sistema de acionamento da embreagem, número de marchas e tipo de engrenagens.

No câmbio manual, a embreagem é acionada pelo motorista com o pedal. No câmbio automático, há o conversor de torque, no lugar da embreagem, acionada com base em sensores do motor.

O número de marchas também é diferente. No manual, normalmente são 5 marchas, enquanto no câmbio automático é comum o número ser acima de 5.

As engrenagens também são diferentes. O automático apresenta engrenagens planetárias, enquanto o sistema manual utiliza de engrenagens com dentes helicoidais.

Por essas características, o câmbio manual:

  • É mais esportivo;
  • Manutenção mais barata;
  • Oferece maior controle;
  • Mais cansativo;
  • Exige mais habilidade do motorista;

Enquanto o câmbio automático:

  • É mais confortável;
  • Troca de marcha suave;
  • Fácil operação e maior foco no trânsito;
  • Manutenção mais cara e especializada.

Câmbios automatizados

Além do câmbio automático e manual, há também os modelos automatizados, que são comumente confundidos com os automáticos — afinal, com esse nome, fica fácil entender a confusão.

Basicamente, os câmbios automatizados são constituídos por caixas mecânicas com sistema de acionamento eletro-hidráulico. Assim, eles possuem “motores”, controlados pela central eletrônica do veículo, que acionam a embreagem e engatam as marchas. Portanto, usam os mesmos componentes do câmbio manual.

A diferença entre os dois modelos, portanto, está na forma como o veículo faz as trocas de marchas e os diferentes sensores. Tais sensores avaliam o funcionamento do motor e enviam sinais para as peças responsáveis pela troca de marchas.

Para ilustrar melhor a diferença, é como se o motorista tivesse um robô para trocar as marchas por ele, ou seja, tudo é manual, mas tem esse “robô” executando a troca no lugar do condutor.

Principais sinais de problemas no câmbio automático

Câmbio patinando

Um sinal comum de problemas no câmbio automático, que também é comum no câmbio manual, é as marchas “patinando” no momento das trocas.

Essa “patinação” se caracteriza  pela falta de atrito entre os componentes do câmbio, causando que a marcha deslize durante as trocas, ou “patine”. 

Tal problema pode ser sinal de que há defeitos em alguns componentes, como:

  • Molas da válvula reguladora
  • Problemas de pressão do óleo
  • Desgaste excessivo no disco de embreagem, etc.

Luz do painel

Em veículos de câmbio automático, quando há problema nesse sistema, pode aparecer uma luz no painel. Quando esse alerta é acionado, o veículo entra em modo de emergência e reduz a velocidade pelo tempo necessário para que o motorista possa parar.

Esse alerta aparece sempre que o sistema detecta alguma coisa errada no câmbio, geralmente algum defeito na caixa de transmissão. Por isso, tal alerta indica que há um problema sério no câmbio automático, sendo ideal tirar o veículo da estrada e chamar um profissional imediatamente. Haja vista que continuar a viagem nesse modo pode causar outros defeitos no câmbio.

Ruídos estranhos

Não é nada normal que o câmbio automático tenha ruído excessivo. Geralmente, os barulhos acontecem nas trocas de marchas, podendo acontecer junto com a dificuldade de engatá-las.

Tal situação pode indicar desgaste do rolamento. Porém, é importante verificar se o ruído é persistente, em vez de uma situação apenas pontual.

Sobreaquecimento

O sobreaquecimento do câmbio automático ocorre com mais frequência durante longas viagens. Vale destacar que o aquecimento do câmbio é um problema grave, exigindo que o motorista pare o carro e espere que esfrie antes de continuar viagem.

Além de causar problemas no câmbio em si, o calor também pode causar danos a outras peças do automóvel, aumentando ainda mais o problema!

O problema com o calor é ainda mais comum nos câmbios automatizados decorrente do mau uso. Caso o motorista fique “segurando” o carro no acelerador (especialmente nas subidas e ao esperar o sinal abrir), pode causar a transmissão sobreaquecer e até “colar” a embreagem, impedindo que o veículo saia do lugar.

Módulo de comando

Falhas no módulo de comando do câmbio automático é mais raro, mas pode acontecer. Um dos principais sinais de problemas neste módulo são os trancos nas trocas de marchas (algo que também pode causar quebra da transmissão).

Alguns especialistas indicam que em caso de problemas no módulo de comando, o ideal é trocar o componente. Isso porque se o reparo não for bem-feito, poderá quebrar a caixa de transmissão e, assim, o prejuízo será ainda maior. Ainda assim, é essencial a avaliação de um profissional.

Óleo baixo

O câmbio automático também se utiliza de fluídos para seu funcionamento. Assim, é normal que um dos sinais de problemas seja o baixo nível do óleo.

Lembre-se que o baixo nível de óleo é apenas consequência, e não o problema em si. Assim, se o nível está abaixo do normal, pode indicar que há algum vazamento ou há alto consumo do fluído, indicando defeitos mais sérios que precisam ser verificados.

3 fatos sobre câmbio automático

Trocas de marcha mais rápidas

As trocas de marcha no câmbio automático estão se tornando cada vez mais rápidas e suaves. Além disso, o sistema permite mudanças sem interromper a entrega de torque às rodas, diferentemente do câmbio manual que exige desacoplar a transmissão.

Quebra menos

O câmbio automático oferece mais confiabilidade e durabilidade, o que se traduz em uma vida útil maior. Por não ter o comando direto do motorista, há menos riscos de falha humana e danos por mau uso.

Por outro lado, esses câmbios exigem maior especialização por parte do mecânico e o serviço é mais caro para o consumidor. 

Pode segurar com acelerador numa ladeira

Diferente do manual e automatizado, o câmbio automático possui o conversor de torque no lugar da embreagem. Com isso, não há desgaste ao segurar o carro em uma ladeira com o acelerador, uma vez que o torque é transmitido através do fluído hidráulico.

Como fazer a manutenção do câmbio automático

Manutenção preventiva

Assim como em qualquer outro componente do veículo, a manutenção preventiva do câmbio automático é primordial para que o sistema funcione sempre. 

Ainda que muitos condutores negligenciem essa etapa, é necessário reforçar a importância da manutenção preventiva. Afinal, esse serviço não é apenas “custo de ter um carro”, mas um investimento para a segurança do motorista e seus passageiros, uma vez que falhas durante as viagens podem ser fatais.

Identificando os sinais de defeitos

Para que o mecânico possa identificar as falhas, é necessário uma avaliação completa do sistema de câmbio automático. Isso porque nem sempre o sinal estará diretamente ligado ao defeito. Por exemplo, problemas de óleo baixo podem indicar defeitos em outras peças que estão causando o alto consumo do fluido, em vez de um simples vazamento.

Outras análises que podem ser realizadas:

  • Câmbio patinando: solte o pedal e verifique se o sistema continua acionado. Se continuar, pode ser necessário trocar o kit de embreagem;
  • Embreagem travando: verifique o nível de desgaste do rolamento, pois às vezes basta um ajuste no rolamento do eixo piloto. Caso outras peças estejam comprometidas, será necessário a troca do kit.
  • Pedal rígido: esse pode ser um sinal de que o platô está empenado, geralmente por causa de superaquecimento. Dependendo do caso, pode ser necessário trocar todo o kit também.
  • Ruídos: analise desgaste das peças para identificar a fonte do problema. Em geral, é comum a troca apenas do componente específico ou realizar ajustes e o ruído some.

Reparo do câmbio automático 

Em geral, o conserto envolve a completa desmontagem da caixa de transmissão, com a substituição das juntas, anéis, vedadores, discos de câmbio, entre outros. Mais raro de acontecer, mas também pode envolver a troca ou remanufatura do conversor de torque.

Também vale ressaltar que o câmbio automatizado possui um processo e custo de reparo semelhante ao sistema manual. Isso porque a embreagem e o platô dos automatizados são os mesmos do câmbio manual.

Fonte:Intermec Automotive

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