Entenda a vantagem de ter mais marchas

Caixa de câmbio com mais marchas pode ajudar no consumo e emissões de poluentes

Câmbio de nove marchas, como o da ZF (imagem) por ora é o máximo que se tem no mercado

Não faz muito tempo, carros luxuosos eram os que tinham motores potentes e mais marchas no câmbio, enquanto modelos mais simples recebiam transmissões com menos velocidades. Mas os tempos mudaram.

Atualmente, há veículo com marcha de mais e motor de menos, e vice-versa. Tornou-se opção da montadora usar mais marchas quando quer dar mais suavidade e economia ao carro. Já os modelos que têm menos geralmente privilegiam a condução esportiva.

No Grupo Volkswagen, há um caso curioso. Recém-lançado no Brasil, o TT, da Audi, uma das marcas da empresa, tem um 2.0 turbo de 230 cv e câmbio automatizado de seis marchas. É o mesmo conjunto do VW Golf GTI. Já a versão mais mansa do hatch médio, com um 1.4 turbo de 140, traz caixa de sete velocidades.

A picape Volkswagen Amarok oferece transmissão automática de oito marchas (como o Touareg), uma a menos que as do Jeep Renegade a diesel. Onde isso vai parar? A própria VW já anunciou, na Alemanha, uma caixa de dez marchas. Já há até um protótipo, mas a empresa ainda não divulgou uma previsão para o início da produção.

Quanto mais marchas, mais próxima fica a relação entre elas. Com isso, ganha-se em suavidade na condução. Como resultado, as trocas tendem a ficar quase imperceptíveis.

Escada. Marchas são como os degraus da escada. Servem para facilitar a subida (no caso, aumento da velocidade). Degraus mais próximos uns dos outros facilitam a “passada”, ou o trabalho do motor, que não perderá muita rotação durante as trocas.

Mas há um limite. Se a diferença de altura entre degraus for muito pequena (caso de relação de marchas muito próxima), talvez seja o caso de partir para um automático CVT (de relações continuamente variáveis).

Secos e molhados. No caso da VW, o uso de menos marchas em carros mais potentes tem outra razão. O câmbio de seis marchas é para veículos com motores de torque acima de 25,5 mkgf (como o 2.0). Nesse caso, as embreagens trabalham em banho de óleo, para suportar o torque maior. Nos modelos abaixo desse limite, a embreagem é seca.

Fonte: ESTADÃO

 

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