Lista inclui apenas modelos vendidos atualmente no País e produzidos em série pelas fabricantes. Saiba detalhes sobre os escolhidos
A reportagem de iG Carros vem avaliando no dia a dia boa parte dos carros vendidos no Brasil e aponta 5 modelos que mostraram ter os piores câmbios. Nos baseamos nas impressões ao dirigir tanto na cidade quanto na estrada e no funcionamento de cada um dos sistemas. Na lista aparecem versões automáticas (tanto com conversor de torque quanto com CVT), automatizadas e uma manual, todas precisando de ajustes para ter funcionamento dentro do que pode ser considerado ideal. Vamos os escolhidos:
1 – Fiat Mobi GSR – R$ 45.990
Trata-se da versão automatizada do subcompacto, que continua com um dos piores câmbios disponíveis o Brasil. Na comparação com as primeiras caixas Dualogic, o sistema GSR mostra certa evolução, principalmente no que se referem aos trancos entre as trocas. Mesmo assim, fica claro que entre uma marcha e outra fica um intervalo de tempo que não apenas acaba causando solavancos, mas também prejudica a agilidade do carro, equipado com motor 1.0, de três cilindros, capaz de gerar 77 cv com apenas etanol no tanque.
Quando selecionado o modo esportivo, o câmbio GSR passa a funcionar com um pouco mais de rapidez, evitando os trancos. Outra maneira de minimizar o atraso entre as mudanças de marcha é passar a usar as hastes atrás do volante. Porém, será apenas um paliativo.
2 – Renault Captur 2.0 Intense – R$ 93.650
Pode parecer um contrassenso, mas a versão topo de linha do SUV da marca francesa vem equipada com câmbio de quatro marchas, uma versão modificada do antigo AL4, que chegou a equipar da minivan Scénic, no início da década passada. Com isso, os degraus entre uma marcha e outra são grandes, implicando em trancos, além do aumento do consumo e do nível de ruído.
É uma pena que o Captur mais potente e bem equipado tenha uma caixa de câmbio antiquada, cujos níveis de eficiência ficam abaixo da CVT que está disponível nas versões com o novo motor 1.6 SCe. No caso do 2.0, são 148 cv de potência e 20,9 kgfm a 4.000 rpm.
3 – Honda Fit Personal CVT – R$ 68.700
Não resta dúvida que o compacto recebeu uma série de melhorias na linha 2018. Ficou mais equipado e seguro com controle eletrônico de estabilidade e assistente de partida em rampa, mas o conjunto mecânico se manteve o mesmo. Assim, o carro continua com o conhecido motor 1.5, de 116 cv que funciona com caixa CVT. No caso da versão topo de linha, há como simular 7 marchas, mas isso acaba não ajudando quase nada se a ideia e conseguir mais agilidade.
Acelere e as reações do CVT da Honda não serão nada animadoras. O jeito é não tentar forçar a barra e dirigir sem pressa. Apenas na próxima geração, que está em desenvolvimento no Japão, é que o Fit passará a ter um trem de força mais eficiente, que incliurá motor 1.0, turbo, de três cilindros e uma caixa de dupla embreagem, de seis ou mais marchas.
4 –Toyota Etios X – R$ 51.870
O hatch compacto é o carro automático mais em conta disponível no Brasil atualmente, mas o sistema é de apenas quatro marchas, vindo da primeira geração do Corolla feito no Brasil, do final dos anos 90. Não há como exigir demais do modelo da marca japonesa, que até mostra certa agilidade com motor 1.3 flex, de 98 cv, mas a questão é a mesma que acontece que o Captur 2.0. Menos marchas, maior consumo e menos desempenho.
Como se trata se um modelo de baixo custo, ao contrário do SUV da Renault, no Toyota não existe nem opção de trocas sequenciais. É preciso se contentar com o que manda o módulo de comando da caixa de câmbio, sem fazer nenhuma intenvenção, exceto o efeito chamado de kick down (pisar fundo no acelerador, provocando uma redução de marcha).
5 – Jeep Renegade Custom 1.8 manual – R$ 74.490
O câmbio manual de cinco marchas do SUV compacto destoa um pouco não apenas do conjunto do carro, mas também das outras opções disponíveis no sistema de transmissão. (automático de seis ou nove marchas). É o mesmo usado pela Fiat nos seus modelos com motor 1.8, inclusive nos que já saíram de linha, como o hatch Punto. Faltam engates mais precisos e curso mais curto da alavanca, o que ajuda a manter o nível de rotação nas trocas de marcha.
As relações de marcha tem bom escalonamento, mas o carro pede um pouco mais de fôlego em subidas e nas ultrapassagens. São 139 cv e razoáveis 19,3 kgfm de torque a 3.750 rpm, o que significa que é preciso manter o ponteiro do contagiros sempre a partir dos 3.000 rpm se quiser ter alguma agilidade.
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Fonte: Carros – iG
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