Os carros automáticos caíram de vez no gosto dos brasileiros e não é à toa. Grande aliado na hora de evitar o cansaço em congestionamentos, o câmbio com transmissão automática dá uma folguinha ao pé esquerdo e pode ser encontrado até mesmo em carros populares. Mas, você sabe como funciona esse tipo de veículo?
Enquanto um carro manual é equipado por pedal e sistema de embreagem, o automático utiliza um conversor de torque. “A função deste conversor é transmitir a força do motor ao sistema de transmissão e às rodas. Dessa forma, a mudança das marchas ocorre em função da velocidade do veículo e da rotação imposta ao motor, dispensando o acionamento manual de uma alavanca”, explica engenheiro automobilístico Fabio Simões Teixeira, professor da Escola SENAI.
Isso significa que o carro automático dispensa o pedal da embreagem, apresentando apenas acelerador e freio. O pé esquerdo, que comandava a embreagem fica livre, mas não é uma boa ideia tentar usá-lo para comandar o freio. Acostumado a pisar fundo no pedal, este pé pode provocar acidentes e freadas bruscas. Por isso, é melhor mantê-lo quietinho e descansando.
Câmbio automático passo a passo
Posição do câmbio
Quem dirige um carro automático pela primeira vez pode estranhar a posição do câmbio. Em vez de estarem dispostas em H, as marchas ficam alinhadas e os números de 1 a 5 dão lugar a letras. “No carro manual, a troca de marchas é realizada manualmente através da alavanca de câmbio, já no automático, a mudança acontece automaticamente conforme se acelera ou freia o veículo”, explica o consultor técnico Antônio Cesar Costa, da Oficina Brasil.
Disposição das marchas
Basicamente, o carro automático é dotado de:
- P = Parking (estacionado). Posição utilizada quando veículo estiver totalmente parado.
- R = Ré. Posição utilizada para mover veículo em manobras para trás.
- N = Neutro. Funciona como o ponto morto e pode ser utilizada quando for necessário movimentar o veículo com motor desligado em pequenas distâncias.
- D = Drive (dirigir). Utilizada para andar com o veículo. É nessa posição que as trocas automáticas acontecem.
- 4 – 3 – 2 – 1 (L): Essas posições costumam variar de carro para carro, por isso, é importante consultar o manual antes de sair dirigindo por aí. Elas permitem o bloqueio das marchas e que podem ser utilizadas em situações extremas (aclive, por exemplo) quando o veículo tende a trocar de marcha várias vezes automaticamente. Nessa condição o motorista pode limitar a troca até uma determinada marcha.
Como usar as marchas?
Estacionar: Pise no freio, coloque a alavanca em N, puxe o freio de mão, tire o pé do freio e passe para P.
Dar a partida: Com a alavanca na posição P, pise no freio para liberar o engate. Mudar o câmbio a posição D (dirigir) e então soltar o freio de mão.
- Nunca coloque as marchas P, R ou N com o carro em movimento.
- Em congestionamento, não é preciso colocar o carro em N quando precisar parar, pode deixar em D.
Vantagens e desvantagens
Prós e contras
Depois de entender o funcionamento dos carros automáticos, é hora de ponderar os prós e os contras desse sistema de transmissão. Vale lembrar que quando está em movimento, o carro troca de marchas automaticamente, o que não significa que a motorista que dirige bonito pode relaxar e descuidar do trânsito à sua volta.
Vantagens
- Dentre as principais vantagens estão o conforto e comodidade, pois o motorista não precisa acionar a embreagem e nem mudar da posição da alavanca do câmbio a cada troca de marcha. “Algumas pessoas em razão de problemas físicos, não podem dirigir carros manuais tem uma boa alternativa”, diz Antônio César.
- Por ter controle automático, o carro não engasga, ou seja, não dá aqueles famosos soquinhos quando o motorista erra o tempo de trocar a marcha.
Desvantagens
- O que é uma vantagem para muitos motoristas, pode não ser tão bom para outros. Há quem diga a inatividade das marchas acaba com a emoção de dirigir.
- Em geral, os automáticos consomem mais combustível do que os manuais, cerca de 15%. O gasto acontece porque o conversor de torque não usa toda a força gerada pelo motor.
- Embora sejam unanimidade em outros países, os carros automáticos ainda são caros no Brasil. O custo de conserto da transmissão automática também é bem mais alto do que o reparo de um sistema mecânico.
Cuidados e dicas gerais
Leia o manual
Os veículos com transmissão automática precisam de alguns cuidados para garantir um bom desempenho do veículo e prolongar sua vida útil. Sabe qual é o primeiro passo? Ler atentamente o manual do veículo para saber quais são suas necessidades específicas. “Como nos demais sistemas, é importante seguir as recomendações do fabricante para as manutenções periódicas, incluindo a substituição do fluído da transmissão e dos filtros”, afirma o professor do SENAI.
Óleo e vazamento
Fique atenta a qualquer vazamento no sistema e leve a uma oficina especializada sempre que perceber uma alteração, mesmo que pequena.
Em geral, recomenda-se trocar o óleo da transmissão a cada 40 mil km. Com o passar do tempo, o lubrificante sujo e cheio de partículas pode até travar o câmbio. Melhor prevenir!
Se o carro parar e for necessário guinhá-lo, recomenda-se utilizar guinchos de plataforma, em que o veículo fica com as quatro rodas paradas sobre o caminhão. Com o motor desligado, as rodas responsáveis pela tração não podem girar grandes distâncias.
Extras
Alguns proprietários de carros manuais têm o hábito de andar na banguela (ou em ponto morto) para economizar combustível. Além de perigoso, esse hábito é pouco útil, por isso, nem pense em tentar andar com o carro automático em N achando que vai fazer um bom negócio.
Depois de seguir todas essas dicas, você já pode dirigir um carro automático sem medo de errar. No começo pode haver uma sensação de estranhamento, mas tudo é uma questão de prática.
Fonte: Vix
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