Falta de segurança no impacto lateral e instruções mal formuladas são falhas sérias recorrentes nos produtos, afirma a Associação
Com o objetivo de avaliar a qualidade dos produtos comercializados no mercado brasileiro, a Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste) realizou o teste anual dos Sistemas de Retenção Infantil (SRI), conhecidos como cadeirinhas de automóvel.
Em parceria com o Programa de Avaliação de Veículos Novos para a América Latina e Caribe, o Latin NCAP, a associação avaliou, desta vez, modelos de bebê-conforto (grupo 0+, até 13 kg).
Além de trazer as melhores opções de cada segmento, o teste aponta os produtos com melhor custo benefício. Nesta avaliação, por exemplo, a cadeirinha Burigotto Touring Evolution (R$ 269,10) foi considerada a melhor opção da associação.
Ao optar por ela, e não pela Maxi Cosi (R$ 1.079,10) – a mais cara do teste e com avaliação um pouco pior – o consumidor deixa de desembolsar R$ 810,00 (comparação entre os preços mínimos).
Problemas recorrentes nas cadeirinhas para automóvel
A falta de segurança no impacto lateral é uma falha séria e um ponto fraco recorrente nesses produtos. No teste, os modelos receberam conceitos entre aceitável e muito ruim no critério.
Todos permitiram o contato da cabeça do boneco usado no ensaio com a porta do veículo. Porém, os bebês-conforto Chicco, Infanti, Burigotto, Nania e Maxi Cosi apresentaram impactos menos intensos.
Se os pais perceberem que as cadeirinhas para automóvel são pequenas para suportar uma criança de 13 kg, o ideal é utilizá-las, no máximo, até o filho completar 9 meses de idade e, depois disso, adquirirem um outro modelo.
O equipamento antigo deve continuar a ser usado até que o novo seja instalado no veículo.
Já no teste de impacto frontal, quase todas as cadeirinhas se saíram bem. A Burigotto, Chicco, Nania e Infanti se destacaram, sendo classificadas como muito boas. Elas seguem o histórico de bom nível de segurança alcançado por modelos do grupo (0+) em testes anteriores.
Durante o choque, não houve um deslocamento muito grande dessas cadeirinhas, nem um esforço exagerado do boneco, em especial do pescoço.
Em relação à facilidade de uso, a Proteste analisou os manuais e os procedimentos de instalação e de colocação da criança. De forma geral, os dois únicos produtos considerados fáceis de usar, que ganharam conceito bom, foram o Chicco e o Maxi Cosi. Todos os outros se mostraram aceitáveis.
Fonte: AutoPapo
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