Os memes não param de pipocar nas redes sociais. É carro que capotou em frente à bomba porque desmaiou ao ver o preço da gasolina. Ou um jantar romântico do casal em um posto para o maridão cumprir a promessa de levar a esposa a um lugar caro. Mas a verdade é que o valor do litro do combustível não tem graça nenhuma quando você precisa encher o tanque, e a única solução é economizar.
10 dicas para economizar combustível
São dicas para você economizar combustível no dia a dia. Hábitos bons que farão o tanque do seu automóvel render mais. Confira!
1. Manter uma rotação ideal
Dirija com um olho na pista e outro – quando possível – no conta-giros. Com o carro em movimento em velocidades médias na cidade, tente manter o motor dentro de um intervalo médio de rotações. Em mais de dois terços dos veículos de passeio, a faixa que vai pedir menos combustível é entre 2.000 e 2.500 rpm.
Isso vale, inclusive, para você passar a marcha no tempo certo dentro destes limites – siga os avisos do sistema se o seu carro tem indicador de trocas ou o velho vacuômetro. Ou seja, evite esticar demais as marchas, ou fazer a mudança muito abaixo da rotação, o que vai exigir força maior no acelerador e uma redução na transmissão.
Em modelos com câmbio automático, a boa notícia é que, se você pisar no pedal do acelerador de maneira “normal”, a caixa já faz as mudanças dentro desta faixa de melhor consumo do motor. Especialmente nas transmissões continuamente variáveis (CVT).
Na estrada, o importante é manter uma velocidade de cruzeiro para que o propulsor trabalhe na menor rotação possível. Nos motores mais modernos, é comum ver carros a 100 km/h com o ponteiro abaixo das 2.000 rpm.
2. Pneus
Esse aqui é aliado importante no consumo correto de combustível – só a resistência à rolagem representa um quinto do que seu automóvel bebe de gasolina. E você deve estar cansado de ler, mas não custa lembrar: pneu vazio fará o motor fazer mais força e demandar mais combustível.
De acordo com estudos de engenharia, a cada duas libras de pressão a menos do que o indicado pelo fabricante, o carro pode consumir 0,33% a mais, em média. Por esta razão, é fundamental manter a calibragem correta das borrachas uma vez por semana, com a pressão recomendada pelo fabricante no manual ou em adesivos nas tampas do tanque, no porta-luvas ou dobradiças das portas.
Se está na hora de trocar as peças, opte por pneus verdes, que são, em média, 40% menos resistentes à rolagem. Segundo os fabricantes e engenheiros, esse tipo de pneu pode representar até 8% de economia de combustível.
Lembre-se também que, assim como os veículos, os pneus têm etiquetas de eficiência aferidas pelo Inmetro. Os classificados como “A” são os “mais econômicos”.
3. Óleo lubrificante
Manter em dia o óleo que trabalha dentro do motor é fundamental para economizar combustível. Nos carros novos as trocas recomendadas pelo fabricante geralmente são feitas nas revisões obrigatórias, a cada 10.000 km – em geral.
Para carros fora de garantia, recomenda-se o mesmo intervalo e para veículos com mais de cinco anos, a dica é reduzir esse intervalo para 7 mil ou 8 mil km. Importante é sempre seguir as especificações do lubrificante indicadas pela montadora, pois o motor foi projetado para trabalhar com aquele óleo.
Lembre-se que lubrificante fora das especificações pode comprometer o funcionamento do motor. O produto pode não ser adequado para aquela temperatura na qual o conjunto trabalha, ou ter viscosidade errada e aumentar o atrito entre as peças.
Mas e se manual do veículo recomendar duas opções de óleos com viscosidades diferentes? Neste caso, opte pelo produto com menos índice de viscosidade, que pode representar um pequeno ganho de eficiência energética.
Isso porque, com óleo mais “grosso”, as peças metálicas móveis do propulsor enfrentarão mais resistência para trabalharem. Obviamente, esse esforço a mais demandará combustível. Então, se o manual recomenda um 5W30 ou um 10W40, vá de 5W30, por exemplo.
Ah, e não esqueça de substituir o filtro de óleo a cada troca de lubrificante. Muitas montadoras recomendam a peça nova a cada duas mudanças de óleo, mas, se possível, use um filtro novo a cada lubrificante novo.
4. Manutenção em dia ajuda a economizar combustível
Fazer revisões preventivas e regulares vão fazer o motorista não só economizar combustível, como também não ter dores de cabeça. Leve o veículo a uma concessionária ou em uma oficina de confiança a cada 10 mil km, inclusive se seu modelo já está fora da garantia.
Nas revisões, peça para os mecânicos darem uma atenção especial a velas, cabos e bobinas, componentes que influenciam diretamente no consumo. Peça para verificarem também o filtro de combustível e o filtro de ar (elemento). Neste, nada de limpá-lo com ar comprimido, o que vai danificar a peça e diminuir seu poder de filtragem. Se estiver muito sujo, troque-o.
5. Ar condicionado
Esteja ciente que, hoje, os sistemas de climatização roubam bem menos energia do que nos veículos dos anos 1990, mas seu uso implica, inevitavelmente, em maior consumo: de 3% a 5%. Só que ninguém vai mandar você andar sem o ar-condicionado no verão brasileiro onde parece haver um sol para cada habitante.
A orientação aqui é usar o ar em temperaturas amenas. Quanto mais baixa estiver a temperatura selecionada do dispositivo, mais força o equipamento vai exigir e isso se dará às custas de preciosas gotas de gasolina. Então, a cabine já está agradável? Aumente um pouco o termostato e ponha a velocidade do ar em nível 1 ou 2, com a circulação aberta.
Se o seu carro tem ar automático, melhor ainda. Selecione o modo “auto”, pois o sistema identifica que a temperatura ideal foi alcançada e regula sozinho velocidade e termostato.
6. Olha a balança!
Um aspecto que pouca gente presta atenção e que influencia no consumo de combustível é a carga útil. Todo veículo tem uma quantidade máxima de peso para o qual foi projetado, o que inclui bagagens e pessoas. Ultrapassar essa capacidade, por si só, vai fazer não só o veículo ficar mais beberrão, como vai sobrecarregar outros componentes, como freios e suspensões.
De qualquer forma, se você é daqueles que não gostam de dar carona, já tem um motivo a mais para não levar ninguém. Quanto mais vazio o automóvel, menos peso ele terá de mover e isso implica em economizar combustível.
Já se você é daqueles que larga tudo dentro do porta-malas como se fosse o quarto da bagunça da sua casa, mude seus hábitos e deixe o espaço vazio. Esses volumes esquecidos representam pesos extras desnecessários e que influenciam na eficiência veicular.
7. Andar com os vidros fechados na estrada
Essa dica é para quem pega muito estrada onde o limite permitido fica entre 100 km/h e 120 km/h. Isso porque a velocidade de cruzeiro e o ar ligado são mais vantajosos para economizar combustível do que a maior resistência aerodinâmica e a turbulência que as janelas abertas provocam.
8. Atenção aos instrumentos
Não menospreze aquela luz que não se apaga no painel, especialmente aquela amarela que parece um motorzinho. É o “limp home” e muita gente deixa de lado porque o carro continua funcionando normalmente. Só que essa advertência indica problemas na central eletrônica e o veículo deve ser levado à oficina o quanto antes.
Isso porque o “limp home” é uma espécie de modo de emergência, para indicar que algum sensor responsável por enviar informações para o motor está defeituoso. Desta forma, o propulsor continua em funcionamento, só que não na forma correta, o que vai implicar em aumento no consumo de combustível.
9. Sensor do fluxo de ar
Peça para a concessionária ou a oficina, por meio de scanner, observarem se o sensor MAF está em ordem. Esta é a sigla para Mass Air Flow, uma peça que informa à central eletrônica do automóvel a quantidade de ar que está sendo admitida pelo motor.
Caso esteja com defeito e fazendo uma leitura errada, o sensor pode ocasionar problemas no funcionamento no sistema de injeção, o que vai implicar em maior consumo.
10. Pé leve ajuda a economizar combustível
Acelerar como se não houvesse amanhã não faz parte da cartilha para economizar combustível. Se você quer evitar visitas frequentes ao amigo frentista, a dica é pisar com moderação no pedal da direita.
Acelerações bruscas fazem o corpo da borboleta do conjunto abrir mais, o que significa maior volume de ar na câmara de combustão e mais combustível injetado. Use entre 10% e 20% do curso do pedal.
Lembre-se que o modo de dirigir, com pisadas fortes no acelerador, freadas bruscas, troca de marchas no tempo errado, podem fazer o seu carro gastar até três vezes a mais de gasolina.
Bônus: use gasolina de qualidade
A qualidade do combustível vai implicar diretamente no consumo. Gasolina com mais do que 27% de etanol permitidos por lei em sua composição vai fazer o motor beber mais. O uso de solventes no produto também compromete o funcionamento dos motores, contamina o óleo lubrificante e afeta a durabilidade das borrachas e mangueiras.
Por isso, desconfie de postos que praticam preços muito abaixo dos concorrentes próximos. Além disso, veja se o seu carro passou a consumir mais depois de usar determinada gasolina: se o consumo aumentou entre 15% e 20%, não volte ao estabelecimento e faça uma denúncia na ouvidoria da Agência Nacional do Petróleo (ANP). Além disso, por lei, o motorista pode exigir o teste da gasolina no próprio posto.
Fonte: Autopapo