5 erros mais comuns que podem arruinar sua transmissão automática

Imagine um pronto socorro de ortopedia, com raio X, ossos quebrados, gesso, talas e até serrotes, porcas parafusos e furadeiras.

Agora imagine um centro cirúrgico especializado em neurocirurgia. Grosso modo, o reparo em transmissões automáticas pode ser comparado dessa forma com o reparo de motores, freios ou suspensões, por exemplo. Claro que as proporções são um pouco exageradas, afinal as transmissões não são tão delicadas quanto o tecido cerebral,

 
 
 

(apesar do corpo de válvulas lembrar um pouco o cérebro) mas de qualquer forma, estão longe de poderem receber o mesmo tipo de intervenção que o radiador de seu carro, por exemplo, recebe.

Uma transmissão precisa que um certo número de variáveis esteja funcionando perfeitamente para quem ela siga em frente com sua missão e para manter estas variáveis em ordem, é preciso ter um cuidado um pouco mais específico com a tecnologia das transmissões automáticas. O câmbio automático não precisa de uma babá, mas precisa de exames de rotina para manter sua boa forma, já que alguns erros comuns podem facilmente arruinar a transmissão. Estes erros geralmente têm a ver com negligência e falta de conhecimento, o que pode parecer uma surpresa para alguns, mas a longevidade da transmissão automática depende sem sombra de dúvida, mais do proprietário do carro do que do fabricante daquela transmissão.

Conhecer melhor a transmissão automática de seu carro e colocar esse conhecimento em prática terá um impacto importante na vida útil da transmissão e a falta disso, poderá significar falhas prematuras que poderão condenar sua transmissão muito antes do restante do veículo. Vamos lá então, dar uma olhada em cinco erros comuns que podem contribuir para encurtar a vida de sua transmissão automática.

 

1 – Não dar atenção para sua transmissão

 
 

Um câmbio automático precisa de atenção periódica, assim como você faz um checkup físico com seu médico todos os anos. Se você deixar de dar atenção a sua transmissão, é provável que sujeira e agentes contaminantes se acumulem em seu interior causando lentidão em seu funcionamento e aumentando drasticamente as chances de que ela desenvolva problemas com o passar do tempo. Esqueça de sua transmissão automática por tempo suficiente e um dia você será surpreendido com uma transmissão que falhou por falta de manutenção.

Mesmo que problemas sérios possam ser detectados muito antes de sua morte, provavelmente será tarde demais para salva-la de falhas prematuras. É por isso que os especialistas recomendam enfaticamente que uma transmissão automática seja atendida a cada 50 a 90 mil km, o que equivale a cerca de 2 a 5 anos, dependendo das condições que você dirige seu carro. Seja uma troca de fluido ou uma atualização completa da transmissão, esses serviços fazem maravilhas ao lubrificar sua transmissão para que ela mantenha um ótimo desempenho. Procure então ao menos se certificar de que o fluido seja substituído sempre.

Mas você não de se limitar a verificar o carro a cada 50.000-90.000km, é importante também que você se certifique de inspecionar a transmissão mensalmente a fim de evitar quaisquer problemas, seja checando as condições do fluido, procurando por vazamentos ou testando sons incomuns. Procure então manter um cronograma ativo e cumpri-lo.

 

2 – Rodar com fluido fora do nível

 

De anemia a embolia, um sério problema para as transmissões é quando você roda com fluido baixo demais ou alto demais. As transmissões automáticas exigem fluido para lubrificar suas muitas peças, fornecer pressão hidráulica e resfriar-se do calor gerado. Níveis ótimos de fluido significam que sua transmissão estará funcionando exatamente como deveria, mas menos do que isso significa que ela está fazendo hora extra para compensar o déficit de fluido. Sem fluido de transmissão suficiente para lubrificar, fornecer pressão de fluido e resfriar as partes mecânicas internas, é provável que a temperatura de funcionamento aumente. E como já comentei aqui, o calor excessivo é a ruína de um câmbio automático. Fluido em excesso também faz mal, o excedente leva à produção de bolhas e espuma o que contribui negativamente para a densidade do fluido causando vários problemas.

Você pode agir pro ativamente evitando que isso aconteça. Basta verificar os níveis de fluido regularmente, sem esquecer de avaliar o quão sujo o fluido está. Se o nível é baixo, é provável que você tenha um vazamento em algum ponto que precisa ser corrigido o mais rapidamente possível.

 

3 – Usar o tipo errado de fluido de transmissão automática

 

Não sei o que é pior, mas rodar com o fluido diferente daquele indicado para sua transmissão é igualmente destrutivo. Há quem acredite que fluido de transmissão é tudo a mesma coisa, mas isso não poderia estar mais longe da verdade. Cada transmissão do mercado requer um tipo de específico de ATF (Automatic Transmission Fluid, ou Fluido para Transmissão Automática) para chegar o ótimo desempenho e é responsabilidade sua garantir que sua transmissão esteja recebendo o fluido certo, seja para manutenção ou para adição de fluido. A questão é que os diferentes tipos de fluido contam com diferentes níveis de viscosidade, além de aditivos que são adicionados na mistura.

Usar um ATF destinado a outra transmissão resultará em pressão hidráulica errática e perda das propriedades corretas de resfriamento e lubrificação. Se você está se perguntando qual é o fluido certo a ser utilizado, então veja este artigo.

 

4 – Ignorar os problemas até que seja tarde demais

 

Você escutou um ruído estranho quando o câmbio mudou de marcha? Há um líquido avermelhado aparecendo onde você estaciona seu carro? A transmissão está dando trancos? Demora para entrarem as marchas? Parece que está patinando? Qualquer sintoma incomum é motivo de preocupação e significa que você deve procurar um serviço de manutenção de transmissão automática o mais imediatamente possível, afinal uma transmissão normal não exibe nenhum destes comportamentos (em primeira análise) e quando o fazem, significa que algo está errado.

Embora os danos a sua transmissão sejam inevitáveis se você chegar a observar alguns desses sintomas, sua prioridade é consertar o mais rapidamente possível a fim de evitar que os danos se estendam para as profundezas de seus bolsos. Continuar dirigindo o veículo com bandeiras vermelhas sendo agitadas é correr um grande risco de contribuir de forma definitiva para a destruição da transmissão automática. Embora a notícia de ter de ir até uma oficina especializada seja sinônimo de gastos que você provavelmente não está nem um pouco interessado em ter, a pergunta mais lógica é quanto mais irá custar cada dia ou minuto de demora para reparar a sua transmissão? Não deixe que as coisas fiquem ainda mais complicadas, procure manutenção imediatamente.

 

5 – Permitir que a transmissão superaqueça

 

Basta pensar assim: 2 graus C a mais em seu corpo significa que você está com febre, o que pode arruinar seu dia e lhe dar a sensação de que está morrendo, certo? Então, como você acha que as transmissões se sentem? Bem, se elas pudessem, ficariam muito bravas com você ou completamente deprimidas por você simplesmente ignorar a saúde delas. Temperatura alta no fluido da transmissão é, em última análise, o que destrói sua transmissão. Estima-se que 90% de todas as falhas se devem a calor excessivo. E embora as transmissões não sofram das mesmas doenças que as pessoas com 2 graus celsius a mais, 20 graus de aumento na temperatura da transmissão podem reduzir sua vida útil pela metade, basta olhar o gráfico abaixo para ter uma ideia do que estou falando.

 
 
 

 

Mas qual é a causa do superaquecimento da transmissão? A maior parte está relacionada ao próprio fluido, de forma que se ele estiver com o nível baixo, ou sujo ou queimado, certamente não será uma coisa saudável para sua transmissão. Entretanto, existem outros fatores que podem contribuir para este problema, como patinação, solenoides defeituosos, reboque pesado, o anda e para do trânsito ou mesmo uma pilotagem exageradamente esportiva, além de clima muito quente como acontece em nosso país. Com um medidor de temperatura, podemos ter uma ideia melhor do que se passa na transmissão quando estamos rodando, ou seja, ele é altamente recomendado para evitar superaquecimento.

 

Dicas rápidas para aumentar a durabilidade de sua transmissão

  • Verifique e troque o fluido da transmissão regularmente. Faça a verificação mensalmente e faça a troca a cada 60.000-100.000 km dependo da transmissão.

  • Se possível, adicione um radiador dedicado à sua transmissão. Se você costuma rebocar, ou se seu carro é grande e superaquece facilmente ou se você vive um lugar onde o clima é quente.

  • Considere utilizar um fluido para transmissão sintético, a fim de melhorar o desempenho na resistência ao calor, ao frio e ao cisalhamento.

  • Não exceda o peso bruto do seu veículo ao rebocar.

  • Evite usar as marchas no manual, tanto para subir quanto para reduzir de marcha. Prefira manter a alavanca na posição D para que as mudanças ocorram automaticamente e dentro da rotação ideal do veículo.

  • Que tal instalar um medidor de temperatura para se manter atualizado e mantenha-o por volta de 80 graus célsius?

  • Use o freio de mão quando estacionar, especialmente se estiver em uma ladeira, para colocar o peso do veículo no freio e não na lingueta “P” da transmissão.

  • Ao inverter direção, pare completamente o veículo antes de passar de Ré para D e vice versa.

  • Verifique a pressão de ar dos pneus, pois a baixa pressão causa carga extra na transmissão, além de danificar seus pneus e gastar mais combustível.

  • Se possível, troque a bandeja do cárter por uma mais profunda a fim de aumentar a quantidade total de fluido na transmissão, o que também irá contribuir para aumentar a capacidade de resfriamento.

  • Sempre que fizer a troca de fluido, troque também o filtro de óleo da transmissão.

  • Evite acelerações fortes, elas causam atrito e calor em sua transmissão.

Fonte: Solupeças

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especializada em conserto de transmissões manuais e

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