Quem já experimentou um carro automático, dificilmente vai querer voltar a dirigir um modelo com câmbio manual. O câmbio automático é um dos recursos de comodidade oferecidos pelas montadoras que mais faz sucesso entre os consumidores, além de facilitar a vida de pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida. Contudo, por ser relativamente novo no mercado, a manutenção dos automóveis com câmbio automático ainda gera muitas dúvidas, especialmente quando falamos da troca de fluido. Saiba detalhes sobre isso aqui!
Veículos com câmbio automático poupam o motorista de fazer a troca da marcha do veículo manualmente sempre que precisar alternar a velocidade. Essa característica facilita muito o dia-a-dia de quem dirige profissionalmente ou de quem precisa se deslocar frequentemente pelas vias urbanas.
O mercado presencia um aumento constante na procura por veículos com essa facilidade. Com essa tendência, o câmbio automático já está presente nos carros mais populares e não apenas os de luxo, como no passado. Com isso, a tecnologia vem se desenvolvendo a passos largos para atender uma demanda grande e aquece o mercado automobilístico do país!
Manutenção Preventiva
A transmissão automática é o segundo item mais caro para substituir em um veículo, perdendo apenas para o motor. A maioria dos proprietários não como cuidar dela corretamente. Se a troca de fluido da transmissão não for seguida com rigor, por exemplo, podem surgir desgastes precoces ou até a quebra da caixa de câmbio. Sem o cuidado adequado, as transmissões automáticas podem falhar com menos de 50.000 km.
De modo geral, a vida útil de um câmbio automático é de mais de 100.000 km. Para usos extremos, como veículos usados em tráfego pesado ou em estradas e vias em má conservação, essa vida útil pode cair para 70.000 km. Porém, com manutenção preventiva, você pode dobrar essa durabilidade, sem ter que se preocupar com peças quebrando na transmissão e os reparos caros que podem resultar dessa quebra. A manutenção preventiva resume-se, basicamente, na correta troca do fluido de transmissão.
Troca de Óleo
É imprescindível para o prolongamento da vida útil do câmbio a troca correta de fluido, dentro dos prazos estipulados. Os profissionais de transmissões automáticas são categóricos em relação à troca do lubrificante. O especialista mecânico Mario Sérgio comenta: “Independente do que os fabricantes recomendam para as trocas, prefiro o máximo de 30 mil km rodados (com fluido mineral) e, para os sintéticos, até 50 mil km. Rodar mais do que isso pode sair caro pois o desgaste de componentes internos, como os discos de fricção, engrossa o fluido. Se ele já está escuro, é sinal de contaminação e de que já perdeu suas propriedades lubrificantes! Daí filtros internos se entopem e o lubrificante não circula bem pela transmissão. Neste estágio, o condutor percebe perda de rendimento, trepidações ao arrancar e nas trocas de marchas”.
Embora algumas montadoras indiquem trocas do fluído de câmbio a cada 50 mil km – ou mesmo não trocar, usando um lubrificante lifetime, Mário alerta: “não recomendo, da mesma forma que acho errado esperar 10 mil km para a primeira troca de óleo do motor, por exemplo. A transmissão automática trabalha em altas temperaturas, em especial no transito carregado, de maneira que fluido não suporta rodar tanto sem substituição”.
Não economize!
É essencial ficar atento a qualidade do óleo escolhido e jamais querer economizar utilizando um muito mais barato, que não atende as especificações do fabricante. Como o fluido é um produto relativamente caro e, em alguns veículos, chegam a ser usados vários litros, muitos buscam substitutos que infelizmente encurtam a vida do câmbio geram um prejuízo alto quando os problemas começarem a aparecer.
O fluido deve ser sempre o indicado pela montadora. O que o custo é mais elevado, se comparado ao lubrificante do motor. Porém o custo-benefício compensa, visto que o fluido correto não causará problemas à transmissão.
Temperatura correta, condução consciente e outros cuidados
Outro cuidado importante, além da troca de óleo, é com o líquido de arrefecimento do motor (conhecido como a “água do radiador”). Além de refrigerar o motor, esse líquido também mantém a temperatura do fluido das transmissões automáticas. Se o motor ferver, por exemplo, o câmbio superaquece junto e componentes podem ficar comprometidos. Isso é algo que não ocorre no câmbio manual.
O modo de conduzir o carro automático também é importante. Atitudes como ficar acelerando e tirando o pé enquanto se espera o farol abrir ou arrancar e acelerar forte a toda hora, fazem a transmissão trabalhar em alta temperatura, podendo danificar e reduzir a vida útil do câmbio. Carros de passeio também não devem ter o câmbio forçado ou puxar uma carreta pesada, por exemplo.
Além disso, quase todas as transmissões automáticas têm um filtro ou uma tela que deve ser lavada ou trocada quando se substitui o fluido da transmissão.
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