Especial: Goiânia 87 anos

Surgimento, fundação e história da Capital do Cerrado

Fundada após muitas transformações no Brasil da década de 1930, Goiânia tomou o título de capital de outro município de Goiás e por pouco não teve outro nome. Conheça essas e outras histórias da nossa terrinha.

Por Fabrício Moretti**

Goiânia é uma das capitais mais novas do Brasil e, neste sábado (24), completa ‘apenas’ 87 anos. Idealizada a partir de várias transformações políticas da década de 1930, a cidade foi fundada por Pedro Lu­dovico Teixeira no dia 24 de outubro de 1933 e assumiu o posto antes ocupado pela Cidade de Goiás. Conheça agora alguns detalhes sobre a fundação, informações e curiosidades da nossa terrinha, que por pouco não teve outro nome!

Para começar, vamos voltar para 1930. Naquele ano, uma revolução liderada pelo Presidente da República, Getúlio Vargas, impôs renovação das lideranças políticas por todo Brasil. Vargas nomeou Pedro Ludovico Teixeira como interventor de Goiás. Foi ele quem iniciou um projeto discutido já havia muito tempo: a mudança da capital de Goiás.

Planejada para 50 mil habitantes e para ser a capital política e administrativa de Goiás, Goiânia foi construída na época da “Marcha para o Oeste”. O movimento de Vargas foi criado para incentivar as pessoas a migrarem para o centro do país e contribuir com o progresso da região. Uma das consequências foi a construção de estradas que ligam Goiás a outros Estados, bem como a realização de uma reforma agrária.

Em dezembro de 1932 o governo reuniu uma comissão de autoridades para escolher a melhor região para a nova capital. O que mantinha a Cidade de Goiás, além da pecuária, era a extração de ouro. À época, a atividade começava a declinar. A preferência era por alguma região com desenvolvimento econômico já avançado.

Por isso, a escolha da comissão foi o município de Campinas, que possuía forte atividade pecuária. Com o crescimento acelerado de Goiânia, Campinas que deu início à então futura capital foi absorvida pela metrópole que surgia e tornou-se um bairro: o primeiro e, consequentemente, o mais antigo.

A pedra fundamental, que marca o início das construções de Goiânia, fica no Palácio das Esmeraldas, na Praça Doutor Pedro Ludovico Teixeira, a Praça Cívica. Quem determinou a fixação da pedra no local foi o urbanista Attílio Correia Lima.

Em 1935, o também urbanista Armando de Godói assinou o plano diretor da cidade e reformulou o antigo projeto da capital. Uma das mudanças propostas por ele foi que o Setor Oeste passasse a ligar Goiânia a Campinas.

Foi apenas em dezembro de 1935 que Pedro Ludovico enviou para o Governo Federal um decreto estabelecendo a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da Secretaria do Governo para o município. Finalmente, no dia 23 de março de 1937, foi oficializado o decreto que transferiu definitivamente a capital da Cidade de Goiás para Goiânia.

Com a presença de ministros, autoridades e representantes da presidência da República, o evento oficial foi no dia 5 de julho de 1942, no Cine-Teatro Goiânia, hoje apenas Teatro Goiânia. O prédio fica no cruzamento entre algumas das principais avenidas do Centro: Anhanguera e Tocantins.

Quem nasce em Petrônia, é o que?

Por pouco Goiânia não foi chamada de “Petrônia”. O nome da cidade foi escolhido de uma maneira um tanto inusitada: por meio de concurso. Em 1938, o jornal “O Social”, da Cidade de Goiás, lançou a campanha “Como deve se chamar a Nova Capital?”. Leitores enviaram nomes para batizar a cidade. O vencedor teria direito a uma assinatura do jornal por dois anos.

Um morador do município de Pires do Rio sugeriu “Petrônia”, em homenagem a Pedro Ludovico, fundador de Goiânia. Já Alfredo de Castro, professor do Colégio Lyceu da Cidade de Goiás, disse que a cidade deveria ser chamada de “Goiânia”.

O vencedor do concurso foi anunciado em 26 de outubro de 1933: a nova capital se chamaria “Petrônia”. “Goiânia” recebeu apenas dois votos: um do próprio Alfredo de Castro e outro da professora Zanira Campos Rios. Entretanto, Pedro Ludovico, então governador de Goiás, ignorou o nome que lhe fazia homenagem. No decreto de 1935 ele batizou a cidade com o nome que mais gostou.

Arquitetura, números e população

A segunda cidade mais populosa do Centro-Oeste, superada apenas por Brasília, Goiânia atingiu um milhão de habitantes no ano de 1996. De acordo com estimativas do IBGE, a população era de 1.495,705 habitantes no ano de 2018. É o décimo município mais populoso do Brasil e a 13ª região metropolitana mais populosa do país.

A arquitetura do município tem influência do Art Déco, estilo de arquitetura e design que começou na Europa em 1910 e chegou aos primeiros prédios de Goiânia. Hoje, é conhecida como o maior espaço de Art Déco da América Latina.

Segundo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), a Praça Cívica é o principal elemento do traçado urbano da capital e, por isso, é tombada.

Em 2003, o Iphan tombou o Conjunto Arquitetônico Art Déco e Urbanístico de Goiânia, que inclui 22 edifícios e monumentos públicos: Estação Ferroviária, Mureta e trampolim do Lago das Rosas, Coreto da Praça Cívica, Fontes luminosas, Residência de Pedro Ludovico Teixeira, Obeliscos com luminárias, Palácio das Esmeraldas, Torre do Relógio, os Edifícios do Fórum e Tribunal de Justiça (atual Procuradoria Geral do Estado), do Departamento Estadual de Informação (atual Museu Zoroastro Artiaga), da Antiga Delegacia Fiscal (nova sede do Iphan), da Antiga Chefatura de Polícia (atual Subsecretaria Estadual de Cultura), da Antiga Secretaria Geral (atual Centro Cultural Marieta Telles), do Tribunal Regional Eleitoral, do Colégio Estadual Lyceu de Goiânia, do Antigo Grande Hotel, do Antigo Palace Hotel, do Teatro Goiânia, da Antiga Escola Técnica de Goiânia, da Antiga Subprefeitura e Fórum de Campinas e o Traçado Viário dos Núcleos Pioneiros.

Segundo o mais recente censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Goiânia é a cidade mais arborizada do Brasil. A capital possui 89,5% de arborização, com cerca de 1,200,00 mil árvores pela cidade. Os dados são o resultado da avaliação do número de árvores nas calçadas e canteiros. Já comparando com outros países, Goiânia é a segunda cidade mais arborizada do mundo, perdendo apenas para Edmonton, no Canadá.

*Com informações do IBGE, Prefeitura de Goiânia e Iphan

**Fabrício Moretti é integrante do programa de estágio do convênio entre Ciee e Mais Goiás, sob orientação de Hugo Oliveira

Fonte: Mais Goiás

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