O sistema pode durar de 10 mil a 100 mil quilômetros, mas se estiver com defeito e não for substituído, pode levar a problemas mais graves e caros
É difícil estimar quanto tempo a embreagem de um carro dura, pois depende do peso do veículo, do jeito que o motorista dirige, qualidade do material e outros fatores. Contudo, seja aos 10 mil ou aos 100 mil quilômetros rodados, pode ser necessário substituir os componentes do sistema.
Como lembra o engenheiro Erwin Franieck, da Comissão Técnica de Transmissões da Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE) do Brasil, a transmissão existe para fazer o acoplamento entre câmbio e motor.
“Sempre que você faz uma troca de marcha, você muda a rotação entre o motor e o câmbio e isso gera um pequeno desgaste. Mas esse desgaste é planejado e, se utilizado corretamente, pode durar até mais que 100 mil quilômetros”, explica ele.
Portanto, a substituição pode ser exigida a qualquer quilometragem se for conduzido de maneira errada, com acionamento excessivo do sistema. Neste último caso, pode haver a vitrificação do disco de embreagem ou uma grande redução em sua espessura, diz Franieck, o que diminui sua capacidade de atuação.
Se isso ocorrer, o motorista não deve esperar muito para levar o carro à oficina, já que falhas no sistema podem acarretar no surgimento de defeitos mais graves e de conserto mais caro, alerta o especialista. Contudo, o veículo dará sinais de que a embreagem não está em boas condições, e o condutor deve saber reconhecê-los.
A troca de embreagem pode ser feita nos carros com câmbio manual e também nos automatizados. Só escapam do serviço os carros automáticos.
Quando está na hora da troca de embreagem?
Para saber que está na hora de pedir ao mecânico para dar uma conferida na embreagem, Franieck, da SAE, recomenda que o motorista fique atento se estiver experienciando qualquer um dos seguintes sintomas:
- Câmbio “arranhando” na hora da troca de marcha: se a transmissão emite aquele ruído áspero típico de quando não se engatou a marcha direito, mesmo que esse não seja o caso.
- Dificuldade para engatar marchas: é um sintoma semelhante ao anterior mas, ao invés de ouvir o barulho, o motorista sente que o câmbio não está encaixando direito, mesmo que a embreagem esteja acionada.
- Pedal muito baixo, mas que exige força: se o curso do pedal de embreagem estiver muito curto, ou seja, se não houver muito espaço entre ele e o assoalho do carro. Se isso ocorrer, mas ele não exigir força para ser acionado, pode ser sintoma de desregulagem em carros com 10 anos ou mais, pontua o engenheiro.
- Embreagem instável ou imprevisível: quando não parece haver ponto certo para fazer o controle de embreagem, podendo ocorrer trepidações ou engate brusco da marcha.
- Se, ao arrancar, o carro ameaça morrer quando o motorista começa a soltar o pedal de embreagem. Isso também é um sinal de que o sistema não está sendo capaz de fazer o acoplamento.
- Embreagem “patinando”: a rotação do motor sobe sem o carro aumentar a velocidade, devido ao acoplamento incompleto entre disco e chapa de pressão.
Caso o pedal esteja duro, segundo Franieck, é um problema diferente do desgaste, como falta de lubrificação nos cabos ou irregularidades mais graves no sistema de transmissão de força.
O especialista também lembra que veículos com 10 ou 15 anos de existência precisam da regulagem da embreagem. Modelos mais novos, ao contrário, fazem isso automaticamente.
Fonte: AutoPapo
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